8 de agosto de 2011

Está tudo a nosso favor, menos nós próprios

Disse mil vezes que ia desistir de tudo, desistir de ti, mas é tudo muito mais forte do que eu. Já disse mil vezes "não vou falar com ele", mas acabo sempre por mandar mensagem ao fim do dia. Não cosigo controlar. Há dias que quero, outros que não. Há momentos em que te adoro, há outros em que te odeio. 
Não consigo definir nada na minha cabeça. É tudo tão confuso. Está tudo a nosso favor menos nós próprios. Falta alguma coisa que eu não sei o que é, que gostava muito de saber e sinceramente estou disposta a descobrir o que nos separa. 

Quero estar contigo, quero olhar-te nos olhos e dizer-te que gosto de ti, quero sentir a tua mão a apertar a minha e ouvir o silêncio a falar por nós. Quero sorrir e ter o teu sorriso a qualquer momento. Isto é estúpido, porque daqui a cinco minutos vou achar que isto é tudo uma parvoíce e que devo esquecer-te de vez, como se fosse fácil. Tenho que te ver, temos que falar sobre tudo o que aconteceu e decidir sobre o que queremos apagar. O passado ou o presente? Eu quero apagar o passado. E tu? Não sei. Nunca me disseste nem deste a entender o que queres de verdade. Tens atitudes que me confundem e aí é que está o meu maior problema. Nunca sei o que posso contar, nem sei o que posso esperar de ti. Pela primeira vez na vida sei o que sinto e consigo dizê-lo sem problema algum. 

Na brincadeira costumo dizer que tenho uma série de requisitos para os rapazes e na realidade tu preenches quase todos: és de Guimarães, tens uns olhos claros de morrer, és mais alto do que eu, respiras VITÓRIA (o que me fascina bastante), és simpático e sociável, és optimista e vives de uma forma despreocupada. Contudo, não tens uma grande noção do que é a vida, és mais novo do que eu, és imaturo e falta-te crercer um bocadinho, és impulsivo e dizes tudo o que te vem à cabeça (o que muitas vezes acaba por ser bom). Falta-te um pouco mais de calma, de lucidez. Nunca tiveste grandes dificuldades e talvez seja por isso que encares a vida com toda a facilidade do mundo. Também gostava de pensar assim, confesso. Apesar de tudo sempre foste sincero comigo e para mim isso vale muito. 

No outro dia dei por mim a olhar para ti e a pensar "Este rapaz não existe!", no bom sentido. Dás tudo pelo o que amas, mas muitas vezes tens vergonha de o assumir. Possuis uma timidez que te dá um certo encanto, mas em alguns casos não dá jeito nenhum. Estou um pouco cansada de ser sempre eu a tomar a iniciativa. Preciso que faças um pouco mais por mim, por nós. Mas, mais uma vez, não sei o que queres. Ainda existe nós? Alguma vez existiu? Quero acreditar que tudo o que disseste foi verdadeiro. E no fundo eu sei que sim. Sei que olhas muitas vezes para mim de sucapa na tentativa de perceberes o que estou a pensar, se estou a pensar em ti. Acho engraçada a maneira como ages. Muitas vezes penso que eu é que sou uma complicada e que torno complexo tudo o que é simples. Provavelmente a culpa de eu estar assim é toda minha. As minhas inseguranças e os meus medos atrapalham a minha maneira de pensar e de ser, eu tenho a perfeita noção disso. Quando me perguntaste se eu queria estar contigo eu respondi que não, mas na realidade eu queria e quero. Mas no momento de te dizer a verdade o medo assombra e tudo muda. Tenho medo da desilusão, tenho medo de chorar outra vez e de não ver interesse em nada do que me rodeia, tenho medo de querer estar sozinha fechada no quarto a pensar que nada vale a pena. Tudo outra vez, não! Se já esqueci? Não, mas já vivo bem com isso. Os danos causados pela queda já se desapareceram.

F, pode muita coisa mudar daqui para a frente e se nada acontecer não vou ficar triste, nem vou cair no buraco outra vez. A vida tem coisas boas e coisas más e, apesar de tudo, tu és uma coisa boa na minha vida. Adoro-te*

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