2 de agosto de 2011

B

Podia ter sido tudo muito diferente, podias estar aqui agora e não estás, mas pouco me importa. Só não estás porque não quiseste e porque não queres. Sabes o que me apetece fazer? Chegar à tua beira e dizer-te poucas e boas tipo como tu fazes a toda a hora num jogo de futebol. Apetece-me chamar-te mil e quinhentos nomes feios e deitar cá para a fora toda a raiva que guardo dentro de mim. Detesto-te. E sabes porquê? Porque gosto muito de ti. Sim, é estúpido. E se eu te dissesse isto tu responderias 'ah? estás-te a passar?'. Nunca percebes nada tu. Gostava tanto que crescesses um bocadinho e que percebesses o que causaste em mim. Mas parece que isso está programado para o dia de são nunca à tarde. Que se lixe! Se eu ao menos conseguisse não me lembrar de ti. Fazes questão de me irritares a toda a hora mesmo sem quereres e sem fazeres nada. Tenho saudades tuas, desse teu olhar que eu adoro, dessas tuas mãos, da tua voz rouca de tanto gritar. Quero ver-te, estar contigo, falar para ti olhando-te nesses olhos cor de água. Mas digo-te uma coisa, vai dar um grande volta, cresce e desaparece, vai para um sítio que eu cá sei e nunca mais me incomodes. Tenho dito.

Sem comentários:

Enviar um comentário